quinta-feira, 2 de março de 2017

Xangô


Xangô, também conhecido como Sangó, é um dos Orixás mais populares no Brasil e preza pela justiça e pelo fogo. Também é charmoso, sensual e gosta muito de prazeres. Por isso, teve três esposas: Iansã, Oxum e Obá. Sentimento de derrota é uma coisa que não existe em sua personalidade. Apesar de ser famoso por sua ação repressiva e autoritária, consegue distinguir entre o bem e o mal. 
Os Raios e trovões são suas armas, que envia como castigo a quem age de maneira contrária a seus princípios de justiça, mais também trás consigo grandes cargas elétricas e o poder do fogo. Os filhos de Xangô são justos e odeiam a mentira e a falsidade.


Xangô justiceiro

Xangô justiceiro


Xangô nasce do poder e morre em nome do poder. Rei absoluto, forte e imbatível. O prazer de Xangô é o poder. Xangô manda nos poderosos, manda em seu reino e nos reinos vizinhos. Xangô é rei entre todos os reis. Não existe uma hierarquia entre os orixás, nenhum possui mais axé que o outro, apenas Oxalá, que representa o patriarca da religião e é o orixá mais velho.

Contudo, se preciso fosse escolher um orixá todo-poderoso, quem, senão Xangô... O trono de Òyó já pertencia a Xangô por direito, pois seu pai foi o fundador da cidade. Xangô é o rei que não aceita contestação, todos sabem de seus méritos e reconhecem seu poder, Xangô foi o grande alafim de Òyo porque soube inspirar responsabilidade e poder aos seus súbditos, tomou as decisões mais inteligentes e sábias e, sobretudo, por seu senso de justiça muito apurado. Xangô é viril e potente, violento e justiceiro, castiga os mentirosos, os ladrões e os malfeitores. Identificado no jogo de búzios pelos odús Obará e Ejilaxebora...
Foi ele quem criou o culto de Egungun, sendo ele o único Orixá que exerce poder sobre os mortos. Xangô é a roupa da morte, por este motivo não deve faltar nos Egbòs de Ikù e Egun, o vermelho que lhe pertence. Ao se manifestar nos Candomblés , não deve faltar em sua vestimenta uma espécie de saias curtas, com cores variadas e fortes, que representam as vestes dos Eguns.


Orixá Xangô

Orixá Xangô

Enquanto Oxóssi é considerado o rei da nação de Queto, Xangô é considerado o rei de todo o povo iorubá. Orixá do fogo, dos raios e das tempestades, Xangô foi um grande rei que unificou todo um povo. Foi ele quem criou o culto de Egungun.
Os Edun Ará nome dado às pedras de raio lançadas por Xangô e profundamente enterradas no local onde o solo foi atingido são colocados sobre um pilão de madeira esculpido, odô, consagrado a Xangô, pois essas pedras são consideradas emanações de Xangô e contém o seu axé e o seu poder. O sangue dos animais sacrificados é derramado, em parte, sobre suas pedras de raio para manter-lhe a força e a potência. Além do sacrifício animal, também lhe é oferecido Amalá, iguaria preparada, com farinha de inhame regada com um molho feito com quiabos e rabada bovina. É extremamente proibido oferecer-lhe feijões brancos da espécie Sesé. Todas as pessoas que lhe são consagradas estão sujeita à mesma proibição.
 O emblema de Xangô é o duplo machado estilizado, Oxê, que os seus iniciados trazem na mão quando em transe, e o chocalho, chamado Xeré, feito de uma cabeça alongada, contendo pequenos grãos, é sacudido em honra a Xangô.
Suas cores preferidas são branco, marrom e vermelho, suas oferendas e reverenciações são realizadas preferencialmente nas quartas feiras, dia de grande vibração desse orixá. As mesmas geralmente ocorrem nas pedreiras, local preferido por Xangô e de grande vibração e energia do mesmo, pois do alto das pedreiras se enxerga tudo...
 A Saudação a Xangô é: Kaô Kabiesille!"

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